Por Olavo Guerra (National Geographic)
Jovens pinguins que vivem na Antártica estão morrendo por causa da dificuldade de encontrar comida. É o que diz um estudo do National Marine Fisheries Service, na Califórnia, nos Estados Unidos, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.
O principal alimento desses pinguins é o krill, um pequeno crustáceo semelhante ao camarão, que está se afastando da costa com o derretimento das geleiras. Fundamental na cadeia alimentar da Antártica, o krill está presente também na dieta de baleias e focas.
A população desse crustáceo está diminuindo, segundo a pesquisa, devido a dois problemas. As temperaturas mais elevadas - entre 5°C e 6°C - derretem as camadas de gelo sob o mar, lar dos fitoplânctons, a principal fonte de alimentação do krill. Além da falta do que comer, o crustáceo também é presa da baleia-jubarte, cuja população está aumentando na região.
A espécie mais ameaçada é o pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica), pois sua população vive em uma área restrita, entre a península Antártica e Ushuaia, no extremo sul da Argentina. De acordo com as pesquisas, há entre 2 milhões e 3 milhões dessas aves vivendo na Antártica, mas havia cerca de 7 milhões há 20 anos.
Os estudos mostram ainda que, mesmo com a diminuição da população de krills, os pinguins da região não passaram a comer mais peixes, o que poderia ser uma alternativa em sua rotina alimentar.
Pinguim-de-barbicha é a espécie que mais sofre com
o afastamento do krill das costas - Foto: Getty Images
o afastamento do krill das costas - Foto: Getty Images
Fonte: Site National Geographic: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/
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